segunda-feira, 30 de março de 2015

Sofrer

Prq não nos é mais permitido sofrer?
Prq temos que sempre, sem exceção, rebater com violência os sentimentos comuns de perda, solidão, fracasso, tristeza?
Claro, não me refiro à depressão, ao sofrimento crônico, prejudicial, à doença.
Mas esse sentimento que surge em todo ser humano depois que acontece algo ruim. O incômodo, o choro, o vazio, a vontade de gritar, a raiva de alguém ou de algo.
Parece que isso não é mais permitido de se sentir.
"Lute contra isso!"
"Não deixe esse sentimento surgir!"
"Engole esse choro!"
"Para de frescura!"
Quando você se mostra forte em alguma situação, parece que vira sua obrigação ser forte pro resto da vida.
E se eu quiser deitar, chorar, gritar no travesseiro e depois voltar pra vida? Não pode. Tem que lutar.
Desabafar? Nem pensar. Ninguém mais tem tempo pra dar uma sentada com um amigo e ouvir lamúrias. Daquele jeito que a gente fazia quando era adolescente e levava um fora, e era o fim do mundo.
Todo mundo tem prioridades. E sua amiga deprê certamente não é uma delas.
Não pode mais mandar mensagem de saudades pro cara que você gosta, senão ele vai se encher de você.
Não pode chamar um cara que acabou de conhecer pra ir pro barzinho, senão vai parecer desesperada.
Não pode sofrer por homem, senão você não é mulher moderna.
Não pode nada. Senão vai ser rotulada de alguma coisa ruim. De depressiva, dramática, desocupada, chata.
Sim, gente que sofre é chata. Mas gente que só fala do PT também é. Gente que não gosta de pizza também é. E gente que não é de verdade também é.
Todo mundo tem o direito de estar sempre feliz, de bem com a vida, sorriso no rosto, adorar sexta-feira.
Mas então, se defendemos tanto a diversidade, não se pode defender quem dá uma sofridinha de vez em quando?

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Look do Dia

Amo essa combinação de preto e pink. Acho super jovem e alegre!



Com muito prazer!


Cada coisa que fazemos na vida está sempre guiada por uma busca, que nem sempre é clara, mas se nos detivermos em analisar qual é o ponto final dessa busca, fica fácil enxergar.
Muitos chamam de felicidade. Mas antes mesmo de alcançarmos a felicidade, percorremos um caminho que, ao que me parece, deve ser prazeroso.
A busca pelo ponto alto das nossas existências, que culmina na felicidade, deve ser cheia de momentos, de pequenas ou grandes coisas, acontecimentos, pessoas, conquistas e sentimentos que nos dão grande prazer. Muitos acham que o caminho para o sucesso deve ser tortuoso, que caso esteja tudo muito bom, muito gratificante, é porque não é o caminho certo. Será?
Sempre somos incutidos pela ideia de que com um grande sacrifício vem uma grande vitória, ou que uma grande vitória só se alcança com muito sacrifício. Ideia, aliás, bastante opressora.
O caminho do prazer também é o certo e pode proporcionar coisas tão maravilhosas quanto o sacrifício. Pessoas que amam seus trabalhos e ocupações e obtiveram imenso sucesso com isso, podem afirmar com mais precisão do que eu.

No meu caso, é mais uma esperança. Conto com isso, acredito nisso e estou tentando fazer acontecer. 
Fazer com que as minhas conquistas sejam pelo caminho do prazer.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Medíocre ou Grandioso?




Algumas pessoas têm uma imagem elitista da escrita correta. E, a meu ver, estão completamente enganadas.
Escrever bem e corretamente pode dizer muito sobre você, talvez até sobre sua classe social, mas o mais importante é que pode indicar o quão educado você é.
Assim que entramos na escola, o que aprendemos primeiro são as letras. Aprendemos a escrever, porque dependemos disso para aprender qualquer outra coisa na vida acadêmica.
Passamos do pré escolar até as últimos dias da Universidade aprendendo como se escrever corretamente. Então, por que as pessoas insistem em se abster da escrita certa? O que acontece com as pessoas que acham mais bonito, mais "esperto" escrever de modo errado, desleixado, incompreensível?
Não há desculpa que me convença que a culpa é da internet. Em praticamente todos os sites e programas em que se digita uma palavra errada, ela é indicada com um traço vermelho que salta aos olhos de um cego, portanto, fácil saber quando se errou.
Mas o que realmente nos ensina a escrever é a leitura. Não só a leitura da escola, aquela obrigatória, como Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas (que eu particularmente acho muito chato), mas aquela boa e velha leitura que te interesse.
Se passa o dia lendo sites, ainda que de bobagens, está lendo alguma coisa. Até mesmo esses domínios possuem pessoas qualificadas trabalhando na correção de seus textos para publicação, e raramente cometem erros grotescos que justifiquem a fixação desses erros na mente.
Desde criança leio muito. Gosto e não tenho compreensão com quem diz: "Não gosto de ler".
Isso não existe. Não gosta de ler Shakespeare (aliás, pouquíssima gente gosta), mas gosta de ler revistas de sacanagem. Ou seja, gosta de ler.
Qualquer, entendam: QUALQUER leitura te ensina alguma coisa. Pode não ser edificante, mas é educativa.
Qual, então, a relutância em escrever certo? Em se fazer entendido? Em mostrar que você é inteligente?
Conteúdo textual jé é outra história. Quando se posta no twitter que você está cansado, ou com sono, ou com fome, não faz a menor diferença ter lido Foucault, mas faz diferença se está escrito "cançado e cum fomi".



Chego à conclusão de que é pura preguiça. Preguiça de pesquisar a palavra no google só para ver se está certa. O que não custa alguns segundos. Preguiça de pensar. Existe coisa mais triste do que isso?
Seu cérebro está aí para que você tire proveito do há de melhor nele, não para ser mesquinho, pequeno, medíocre, mas para ser grandioso, útil, apreciado.
Pelo bem da sua descendência - e da minha - seja o mais grandioso que você puder.